Uma carta sobre algo que me faça sorrir...

Há tantas coisas que me fazem rir que não sei o que especificar ao certo.

Começamos pelo início…

Sorrio quando escrevo, pois é na escrita que encontro sossego. Gosto de escrever e ao faze-lo, faço-o com um sorriso nos lábios.

Também sorrio quando recordo momentos bons, de alegria, ou até mesmo momentos de infância, como momentos com familiares, colegas, amigos ou expressão que supostamente eu dizia quando era mais pequena, quando recordo músicas que fizeram parte da minha infância, desenhos animados, jogos que às vezes me vem à cabeça e jogava na primária.

Sorrio quando ouço expressões típicas da minha zona. Palavras que se prenunciam no norte, mais propriamente Trás-os-Montes. Na zona de Miranda, as pessoas mais antigas misturavam um pouco o português com o espanhol, visto que são terras vizinhas, o que originavam palavras bem engraças, como “cachico” que é um bocadinho, ou “tapona” que é uma lambada ou bofetada como quiserem. Nestas terras as pessoas leem o “ch” como “tch” o que fica ainda mais engraço e eu às vezes até aproveito e brinco com a situação. Ficam umas palavras bem divertidas e isso faz-me rir.

Começo-me a rir do nada também quando vejo ou ouço alguma coisa parva, não sei porque, mas depois custa-me a parar. Sorrir faz bem, por isso não hã mal nenhum nisso, pelo contrário, devíamos sorrir todos os dias.

Eu costumo ser uma pessoa animada, por isso até sorrio bastante, às vezes até acho que de mais. Mas como qualquer ser humano também tenho os meus momentos maus em que me encontro mais em baixo.

Adoro recordar momentos que passava com a Vitória, como no dia em que me perguntou se queria gelado, (que ela tava a comer um) eu respondi que não mas uma pessoa tava a passar ao mesmo tempo e na brincadeira disse que sim. Não paramos de rir. E esse é um dos momentos que recordo e dou por mim com um sorriso estampado na cara.

Às vezes sorrimos nem nós próprios sabemos bem o porque, só nos apercebemos que estamos com um sorriso na cara e acabamos por nos considerar um pouco “patéticos”.

Sorrio quando leio, vejo ou contam alguma coisa bonita, engraçada. Quando sonho os meus sonhos (impossíveis). Quando estou contente quando não quero que percebam que não estou minimamente bem.

Simplesmente sorrio. Sorrir é quase como se fosse a minha vida. Sorrio por tudo e sorrio por nada e é isso que faz de mim a pessoa que sou e a felicidade que tenho em mim.

100 Cartas e 100 Dias